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Mostrando postagens de novembro, 2013
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Teu colo De quem é esse colo confiante, que me acolhe com ternura, Como se criaram os vínculos, que formaram um colo tão presente, O que fiz para merecer o aconchego, desse recanto encantado, Quanto de mim caberá nesse colo, que promete ser eterno ? Colo já tive, como embalo nas noites de choro sem fim, Em momentos de  justificável angústia e fragilidade. Foi pela ausência do colo materno, que nunca quis crescer, Depois de tanto tempo, como lembrar da suavidade de um colo ? Pela noite adentro, em meus sonhos, é nesse colo que viajo, É ele que me farta de acalanto,  que me leva ao Nirvana. O despertar sempre  traz de retorno, os receios e dúvidas, Mas no fim do dia, as esperanças são renovadas e o colo me espera. Sei de quem é esse colo, embora pouco saiba de mim, Se essa dúvida me desespera, é hora de me reencontrar, Mas se o colo for fiel, há que se esperar, mesmo que demore, Pois esse encontro prometido, nunca haverá de faltar...           Rio de Janeiro, 10 de novemb
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         Poema dos 15 anos. Primeiro, vieste para o nosso convívio, como um anjinho  delicado, Depois, lentamente, foste  revelando as tuas primeiras gracinhas, E esses sorrisos que tanto  nos cativaram, deixaram  marca registrada, Assim, os anos foram passando e os teus encantos se multiplicando. Nunca contamos teus anos pelo tempo, nem pelos teus 15 anos, Mas pela alegria que nos trouxe  cada celebração da tua vida, Assim, como expectadores desse milagre divino, Estamos felizes, por  poder desfrutar contigo momento tão sublime. Se nos foi permitido aplaudir a cada fruto que colheste, Foi com certeza, graças aos teus próprios méritos. E agora, que venceste a  barreira da condição, de menina moça, Só nos resta celebrar contigo, a alegria de fazer coro à tua felicidade. Parabéns, pelo amor e pela beleza com que brindaste o  nosso mundo...   Como homenagem à minha neta  Carol.    Vovô Rogerio   Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2013.
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Aletria Vamos avante, sou insistente, perdeu-se o texto, mas não o rumo. Houve um tempo em que o alimento não te não tocava a  alma, Ingeri-lo era violar a tua intimidade, por isso o rejeitavas, Mas uma fada, percebeu que não era apenas uma questão de anorexia, Então, com a  varinha, ela  fez do comum  o inédito, e deu-te de comer, Dias após dias, aquele doce alimento te nutria e compensava. Incansável, mesmo no fim do dia, mesmo no calor do impiedoso fogão, Ela elaborava, com suor e lágrimas,  o manjar dos deuses. Ninguém entendia como sobrevivias, o segredo não estava no alimento, O amor dos gestos, da esperança da caridade, era o que era mais valia. Nem o tempo, nem a rejeição,  foram suficientes, para neutralizar, O carinho, a dedicação, ou as preces de uma mãe em dobro. Enfim cresceste,  agora que a  presença física da fada, se faz ausente, Não temas, pois trazes em teu sangue, A chama, daquele amor que nunca cessa, Daquela mão que nunca te abandonou, daquele olhar que nunca
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                       MODO DE SER  Você é desse jeito,  atípico e incompleto, Essa sua forma de viver me sufoca, Essa interrogação entre o começo e o fim, Me tortura e desconcerta. Você foi muito esperado, era um sonho, Mas logo as alegrias se tornaram mutantes, E o sorriso deu lugar ao expanto, Depois a busca, as tentativas de superação. Mas a onda da vida prosseguia, E nada ficava sobre nada, Castelos e castelos de areia desabavam, Do caos nascia o desespero. Agora tudo se aquietou,Mas a onda da vida prosseguia, E nada ficava sobre nada, Castelos e castelos de areia desabavam, Do caos nascia o desespero. O vendaval mudou a minha face, A desesperança deixou marcas profundas, E você  impávido, Prossegue no desafio, como a dizer: Decifra-me  ou te devoro...                " Uma homenagem aos pais que enfretam ou enfrentaram um dia, a saga do AUTISMO."    - Rio  08/01/2008 _ Rog
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                O milagre do amor. O amor é por natureza manso, responsável e  eternizável, Não só o amor sentimento, mas principalmente o amor atitude, O amor é participativo,  não traí, não falha e não se omite, Está sempre pronto a agir, postado aonde o pomos. O amor é exemplo de vida, é  doação, traduz-se em caridade, É, e sempre será, o estandarte da esperança, a última fronteira, O amor tem vida própria, circula  aonde há vida e a transcende, É um vínculo permanente  entre o eterno e o divino. O amor é vontade, é a força movedora dos atos benevolentes, Jamais sucumbe ao egoísmo, nem pode ser arranhado pelo orgulho. Como vencedor e semeador de bons frutos, o amor é imbatível. Pois a sua essência é energia criativa, e resistente aos vendavais, E assim tal como um principio divino, indestrutível e inabalável, se doa, A todos que de boa índole o tomarem em seus braços.     Rogerio. 2013. RJ.