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Mostrando postagens de janeiro, 2011

O Sano e o Insano

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Uma tênue  linha  separa  as duas divindades, Suas existências  convivem pacificamente em nossas mentes, A primeira habita o mundo tolerável, a segunda perverte a origem, Este é o dualismo que  sobrevive  à  todo  conhecimento. A existência da primeira não é capaz  de anular a segunda, Mesmo no auge da sanidade, sempre  haverá a sombra de insanidade, Ambas são figurantes do palco da vida, a todo instante reclamam seu papel, Mas  a  migração definitiva,  uma vez  realizada, se torna irreversível. Assim tem sido no correr dos séculos, como o desafio da Esfinge, Se  apesar de tantas tentativas, mudar não é possível, Resta  encarar como fato consumado,  entender como justiça divina, Ou prosseguir  na busca  do almejado elixir da razão ?

A Casa Demolida

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Passaram-se tantos anos e nas fotos, a casa teima em existir, Ainda sinto o cheiro de terra molhada, quando ao final da tarde, Meu pai se esmerava em regar todos os cantos do jardim, No ar ainda pairam os latidos de paloma, a cadela da casa. Sou capaz de identificar,  virtualmente no solo,  minhas pegadas, No espaço ainda vejo o colorido dos papagaios que tanto amava, A bailar ao redor da mangueira que  teimava, em  reter sua passagem, Quantas vezes desejei  ve-la   seca, mas suas as mangas eram doces. A casa tinha uma magia, todos os papagaios lhe vinham ter, E os moleques gritavam no portão, em vão, alí era minha fortaleza. Doces anos, caiadas paredes que viram minha sombra crescer, À noite, com as mãos, criava monstros e dava-lhes vida. Agora no album,as fotos parecem querer saltar... vamos descolem, Soltem as amarras enquanto é tempo, resgatem cada história. Olha, Monteiro Lobato, a  Casa foi demolida, Mas o menino ainda existe...                             Rio

O que tem a ver a Poesia com a Medicina ?

Ambas são nascidas do nosso imaginário, enquanto  a primeira estimula os sentimentos e a criatividade, a segunda, mais objetiva  e  palpável, normatiza  as relações do conhecimento com o funcionamento do corpo. Com a Medicina  é possível  atinguir o outro de uma forma  mais concreta, com ela é possível  curar e previnir, já a Poesia,  trabalha o abstrato, trata  do imponderável, do invisível, mas também cura e quando não consegue, consola... Visite minha  página no recanto das letras: http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=32655