O Sano e o Insano
Uma tênue linha separa as duas divindades,
Suas existências convivem pacificamente em nossas mentes,
A primeira habita o mundo tolerável, a segunda perverte a origem,
Este é o dualismo que sobrevive à todo conhecimento.
A existência da primeira não é capaz de anular a segunda,
Mesmo no auge da sanidade, sempre haverá a sombra de insanidade,
Ambas são figurantes do palco da vida, a todo instante reclamam seu papel,
Mas a migração definitiva, uma vez realizada, se torna irreversível.
Assim tem sido no correr dos séculos, como o desafio da Esfinge,
Se apesar de tantas tentativas, mudar não é possível,
Resta encarar como fato consumado, entender como justiça divina,
Ou prosseguir na busca do almejado elixir da razão ?
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