A criança que logo sou

Em algum lugar do passado esse sorriso encantou alguém,
No tempo e no espaço ainda persiste o eco dessa alegria,
Aquele olhar, que ao longe, tudo via , é atemporal,
Esses cabelos, tais como as searas, conheciam o segredo dos ventos.
A vida seguiu, e a vivacidade se fez companheira,
Assim, como dervixes rodopiantes, o tempo brincou em teus olhos,
Antes, depois, o que importa ? se o eterno sempre contém o fugaz.

Querer revelar as cores, dessa alegria em preto e branco,
É como tentar desvendar a imensidão dos desejos,
É tão difícil, como explicar, a criança que logo sou...

                        Homenagem ao dia das crianças.

                     Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2013.
          
Rog

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